Nova nação
A independência do Sudão do Sul foi aprovada por mais de 98% dos sudaneses no referendo realizado em janeiro deste ano (2011). Será 54º país da África e o número 193 do mundo, com uma população estimada em 8,26 milhões de habitantes (2008).
Território e fronteiras
Com a mudança, o Sudão deixa de ser o maior país da África. A capital do novo país, que ocupa 640 mil quilômetros quadrados, passa a ser Juba.
Novo governo
O governo será liderado pelo presidente Salva Kiir Mayardit, do movimento popular de libertação do Sudão (SPLM, na sigla em inglês), e que chegou ao poder em agosto de 2005. Foi eleito após a morte em um acidente aéreo do ex-presidente John Garang, em julho de 2011.
Constituição
O país vai usar uma Constituição provisória, a mesma que seu vizinho do norte, enquanto uma equipe técnica elabora uma nova Carta Magna também temporária, que deverá ser aprovada pelo Parlamento.
Reconhecimento
Para que uma região declare independência, além do reconhecimento da comunidade internacional, é preciso delimitar um território e ter uma liderança política independente e com autoridade sobre a população.
Partidos político
As principais formações são o Movimento Popular de Libertação do Sudão, o Partido da Conferência Nacional, a Força de Defesa do Sudão do Sul, a Frente Democrática Unida, a União de Partidos Africanos do Sudão e o Fórum Democrático Unido do Sudão.
Indicadores
A população do Sul do Sudão é muito jovem. Mais de 50% são menores de 18 e 62% têm menos de 30 anos. Mais de 80% da população é rural e 50% vive abaixo da linha da pobreza. O consumo médio é de 100 libras sudanesas/mês (US$ 37). Para os pobres, US$ 14,6.
Desafios
Pobre apesar de rico em petróleo, o país nasce como uma das nações com os indicadores sociais e de saúde mais baixos. O desafio é conseguir que os políticos e as forças de segurança sejam mais responsáveis, construir escolas, estradas e hospitais.
Norte x Sul
A maior parte das reservas petrolíferas sudanesas fica no sul, mas a infraestrutura está no norte, o que obrigará a uma cooperação econômica entre os dois países, já que um conflito armado seria prejudicial para ambos os lados.
Embaixadas
A comunidade internacional ainda não confirmou quais embaixadas serão abertas no país, o que deve ocorrer no longo prazo. No Brasil, o Itamaraty disse que deve adotar o modelo de embaixada cumulativa, quando um país atende ao outro na mesma região.
Segurança
Para ajudar o novo país, a ONU autorizou o envio de 7.000 militares para o Sudão do Sul. O objetivo é "consolidar a paz e a segurança no país, e ajudar a estabelecer condições de desenvolvimento" para o país.
Religião
Os sudaneses do sul dividem-se entre cristãos católicos, protestantes, anglicanos e outras religiões animistas africanas. O número de muçulmanos vindos do norte tambem deve aumentar a força da religião no novo país.
Economia
Sudão do Sul e do Norte vão criar uma nova moeda, mas por enquanto ambos vão usar a libra sudanesa. O FMI calcula que o PIB subiu 5% em 2010. O petróleo representou 97,8% da receita em 2010, e a inflação estabilizou-se em 6% em 2009 e 2010.
Idioma
O árabe é a língua oficial, mas no Sudão do Sul também se fala inglês e uma dezena de línguas indígenas (não oficiais).
EUA e Hollywood
por Núbia Esteves
Postado por Safira da África
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