sábado, 9 de junho de 2012

ÁFRICA PRÉ-COLONIAL



A África foi o centro do desenvolvimento de grandes civilizações. Entretanto a imagem de seu povo é de não construtores de conhecimento e tecnologias, um continente sem história. Não tem muito tempo que houve o reconhecimento de uma África com grandes realizações.


A África é um continente antigo, que aparece a vida há 3500 bilhões de anos atrás e se espalha pelo mundo e a partir desse homem continua o processo de transformação.

É um continente múltiplo, com uma diversidade regional e singulares histórias, desmanteladas por lutas e conflitos entre dinastias e invasores coloniais.

Entre seis mil e quatro mil anos antes da era cristã, já existiam concentrações de populações, práticas agrícolas avanços no conhecimento e na tecnologia.





Os diversos povos que habitavam o continente africano eram muito bons em várias áreas, eles dominavam técnicas de ourivesaria e metalurgia. A expansão da metalurgia começou aproximadamente em 1200 a.C. na Anatólia e se expande pela África tanto pelo Egito como pelo norte da África.

Os africanos desenvolveram formas de governos muito complexas. Algumas grandes chefias são conhecidas desde o século IV (como a primeira dinastia de Gana) que pode ser testemunhada pela arte, como a cerâmica de Nok, encontradas na Nigéria Central num sitio arqueológico dos mais antigo (500 e 200 a C.). Várias estátuas de terracota (barro cozido no forno) foram encontradas, e são as mais antigas terracotas do continente. Provavelmente podem ter sido pioneiros também na metalurgia, já que foram os primeiros ao sul do Saara a fundir o ferro
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A cabeça de Jemaa
A peça considerada a mais importante da cultura Nok.




Atlas ethnographique du globe (‘Atlas etnográfico do globo’), Balbi

Os bantos chegam a essa região, hoje onde fica Camarões a cerca de três mil anos atrás, iniciou-se a chama “expansão bantu”. Um grupo lingüisticamente homogêneo da parte sudoeste. Inicia-se um processo de migração, conquista territorial e expansão populacional que durou mais de mil anos e terminou com a ocupação pelos descendentes desse povo da grande parte da África central, austral e oriental.

Grupos com uniformidade e semelhanças de língua, esses povos se misturaram com outros povos caçadores e coletores e formaram outros tipos de sociedade.


Tombuctu

No Deserto do Saara, na cidade de Tombuctu foi fundada por volta de 1100 na proximidade com o Rio Níger, com o propósito de servir as caravanas que traziam sal das minas do deserto do Saara para trocar por ouro e escravos, trazidos do sul por aquele rio. Em 1330, Tombukctu era parte do Império do Mali, que controlava o negócio do sal por ouro em toda a região, estando ligada a Yenné através do comércio do sal, cereais e ouro, e a sua função comercial é acompanhada de uma função militar. Dois séculos mais tarde, Tombuctu atingiu o seu auge, governada pelo Império Songay, tornando-se uma importante cidade universitária e a capital religiosa dos finais da dinastia Mandingo Askia (1493-1591). Tombukctu, que foi habitada por muçulmanos, cristãos e judeus durante centenas de anos, sempre foi um centro de tolerância religiosa e racial. As culturas locais - songai, tuaregue, árabe e moura – misturaram-se, mas conservaram as suas distintas tradições. O seu apogeu chegou ao fim no século XVI, quando o exército marroquino destruiu o Império Songay. O domínio do comércio com África pelos navegadores europeus foi mais uma razão para o declínio de Tombuctu.


Texto elaborado a partir das aulas do curso do museu Afro Brasil – 2005 Prof. Núbia Esteves

Postado por Safira da África














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